A gestão de riscos pode ser um hábito simples: Gestão de riscos: um hábito simples
A gestão de riscos deve ser um hábito. Inserir uma gestão apropriada de riscos em suas rotinas é mais simples do que se imagina.
Pense sobre isso
Um carro em movimento a poucos centímetros de um outro carro pode de gerar um acidente numa parada repentina do carro da frente. Ou ainda, pense em um palestrante que estourou o tempo de sua apresentação e tem que passar apressadamente os slides com suas conclusões.
Nos dois casos acima, problemas poderiam ser evitados com o planejamento e utilização de uma margem de segurança. Margens de segurança facilitam a execução de tarefas exatamente por prevenirem problemas.
Planeje margens de segurança que previnam e estabilizem acontecimentos inesperados. Aplique esse conceito em tudo, da arrumação de uma mala de viagem até no planejamento financeiro de uma vida inteira.
Gestão de riscos – uma prática simples
Não somos capazes de prever o futuro, mas podemos nos preparar com antecedência para enfrentar situações inesperadas ou imprevisíveis.
Daniel Kahneman, em sua ‘falácia do planejamento’, afirma que subestimamos o tempo necessário a uma tarefa, mesmo quando essa tarefa já foi feita antes.
Ao invez de subestimar o tempo necessário para cumprir uma tarefa, inclua margens de segurança realistas em seus planos. Se aplicar esse conceito de forma disciplinada, você começa a inserir uma gestão de riscos em suas rotinas.
Uma gestão de riscos elaborada deve seguir um rígido roteiro de identificação, análises quantitativas e qualitativas, além de planejamento de respostas e monitoramento dos riscos. Em nosso dia a dia, a gestão de riscos pode ter um formato básico e elementar, e ainda assim eficiente.
A identificação, prevenção e reação a riscos pode ser desenhada a partir de questionamentos básicos, como por exemplo:
(i) a quais riscos estarei exposto na execução desse projeto ou atividade?
(ii) qual é o pior cenário ao qual estarei exposto?
(iii) quais poderão ser as consequências gerais de minha exposição a esse pior cenário?
(iv) quais poderão ser as consequências financeiras de minha exposição a esse pior cenário?
(v) como identificar, eliminar, mitigar, transferir e/ou reagir aos riscos do pior cenário?
Obtenha as respostas acima e transforme a gestão de riscos em um hábito simples: Se prepare para enfrentar situações inesperadas com um planejamento preciso e com a devida antecedência.
Com isso, você executará seus planos de forma eficiente, orgânica, sem sustos e com menores esforços.
Fonte: ‘Essencialismo’ (Greg McKeown)
Nota: Apesar de estarmos aqui falando do tema ‘Essencialismo’, para uma perspectiva interessante em gestão de riscos, recomendo a leitura de ‘A lógica do Cisne Negro‘ (Nassim Nicholas Taleb) e o conteúdo de Rita Mulcahy para certificações em gerenciamento de projetos.